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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Da compreensão a interpretação; interdependência (resenha).

As concepções, discussões e interações entre hermenêutica e interpretação são uma constante no âmbito jurídico, principalmente em países que possuem uma forte herança romancista tradicional, como por exemplo, o Brasil. Sendo a hermenêutica um papel de destaque na reflexão jurídica contemporânea, deve ser analisada em seus aspectos fundamentais: compreensão, interpretação e aplicação, considerando, no entanto, a interdependência conjuntural de momento igualitário dos três agentes hermenêuticos.
Interpretar juridicamente significa segundo Fiore, “fixar uma determinada relação jurídica, mediante a percepção clara e exata da norma estabelecida pelo legislador”, portanto, antes mesmo da interpretação faz-se necessária a interiorização, compreensão e extensão da norma que resulta na fixação da relação/realidade estabelecida pelo legislador, o compreender eleva o intérprete a ampliação dos fundamentos jurídicos é a indagação das possibilidades de um acontecer nas relações normativas. No entanto, mesmo a compreensão vinda em primeira instancia não significa dizer que a interpretação se faz num segundo momento, a norma compreendida se faz intrínseca, enquanto que a interpretação é exteriorizada pelo intérprete, abstraída em algumas circunstancias e/ou argumentada. O Direito, assim como as demais ciências do espírito, corresponde a um acontecer (causa e efeito) que são horizontalmente ligados com os valores que comandam as ações.
A correlação dos primeiros agentes hermenêuticos é teorizada por Gadamer, que explica, “A interpretação não é um ato complementar e posterior ao da compreensão, senão que compreender é sempre interpretar, e em conseqüência a interpretação é a forma explícita da compreensão”.
A hermenêutica quando aplicada ao Direito é norteada por normas, que resultam em uma tradição específica no meio jurídico, e induzem desta forma a uma interpretação sem neutralidade, as regras e princípios que se mantêm no tempo são a sustentação das decisões. Todavia não significa dizer que haverá uma subjetividade efetiva nas interpretações, pelo contrário, a dualidade compreensão/interpretação direcionadas a um tradicionalismo jurídico produz objetividade na argumentação. O que nos difere das demais ciências do espírito é exatamente a segurança da objetividade e os escopos pré-definidos.


Sara Gesse

sábado, 20 de junho de 2009

Agenda Semanal


TERÇA FEIRA:



cinema, aspirinas e urubus

Longa metragem brasileiro de 2005, do diretor Marcelo Gomes.

  • indicado ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira;

  • seleção oficial da Mostra Un Certain Regard (Um Certo Olhar) do Festival de Cannes 2005;

  • Prêmio da Educação Nacional, do Ministério da Educação Nacional (o prêmio foi recebido pelos cineastas Gus Van Sant (Elephant, 2003) e Emir Kusturica (A Vida é um Milagre, 2004).

  • Prêmio Especial do Júri, de melhor ator, Festival Internacional do Rio de Janeiro

  • "Melhor Filme" na 29ª Mostra Internacional de São Paulo 2005.

Sinopse:


Um alemão, fugindo da Segunda Guerra Mundial, torna-se vendedor de aspirinas em cidades do Nordeste. Ele encontra um paraibano que se torna seu companheiro de viagens. O filme é o relato desas viagens.

SÁBADO:

macunaíma


Filme brasileiro, do diretor Joaquim Pedro de Andrade, baseado no romance de Mário de Andrade, de 1969.

O filme fez parte do movimento Cinema Novo e é um clássico da cinetografia nacional.

Conta com a interpretaçáo inesquecível de Grande Otelo, no papel do herói sem caráter, além de Paulo José, Jardel Filho, Dina Sfat, Milton Gonçalves, Rodolfo Arena e Joana Fomm.

"Joaquim Pedro de Andrade contou a história original com o olhar da realidade brasileira das décadas de 60 e 70, quando o país vivia tempos de repressão militar e passava por um momento de crise e indefinição política, econômica, social e cultural. Como a vigência do AI-5 ditava as regras, a forma que o Cinema Novo encontrou para representar a realidade nos filmes foi a alegoria. Neste aspecto, Andrade utiliza com genialidade elementos do folclore brasileiro (as lendas de Curupira e de Iara) e diversos aspectos de nossa cultura (o candomblé, o samba), para satirizar e criticar a sociedade daquele momento de transição." (do site de críitica cinematográfica Cinema em Cena)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

VOCÊ ESTÁ NO CINEMA


Aí as pessoas vão chegando e tomando seus lugares no escuro. Aí elas acostumam seus olhos à pouca luz (e, quem estiver com sorte, acostuma as mãos). Aí vão passando os trailers, que sempre, e sempre não é uma hipérbole, são perfeitos. (e, no caso de alguns filmes, são a única coisa que presta). Aí toca a música da Warner, depois a tela fica escura, vem mais uma ou duas vinhetas (às vezes três) – se for um filme brasileiro, vem a logomarca da Petrobrás – e: pronto, o filme começou.


Você se mexe na cadeira, você não gosta de ficar sentado por muito tempo, mas, então, sem que você perceba, o seu bumbum se acostumou a ela, assim como seus olhos se acostumaram à penumbra, e você já nem sabe mais se está numa sala de exibições ou num navio. Talvez você esteja numa cidade que nem sabe pronunciar o nome, ou num lugar que simplesmente não exista; talvez você esteja numa galáxia muito distante, há muito tempo atrás, ou na cabeça de um homem louco. Você escuta o som das águas, se assusta com o estouro de uma manada, você se emociona com um bebê congelado, ri com o final feliz de um casal de bobos, se excita com as pernas (que nem foram mostradas) de uma loura que jura amar você.


Você está num espaço que não pertence ao mundo comum, não pertence ao tempo comum, não pertence à realidade prosaica. Você está num mundo em que a poesia é materializada em imagens que se movem como se tivessem vida, um mundo em que a ilusão ganha verdade e te conta segredos profundos que, sozinho, talvez você nunca descobrisse. Você está num templo de sonhos.


Você estava no cimena... O que aconteceu? As últimas letrinhas já escalam a tela escura (você não pode lê-las, está embriagado). Acabou o filme, você voltou pra casa... Mas, o que aconteceu? Você estava no cinema: até bem pouco tempo você estava no cinema – agora, é o cinema que está em você.